quarta-feira, 14 de julho de 2010

Pequeno grande pronûncio sobre mim...


Podem encontrar na minha vida de entre mil defeitos uma virtude, dependendo muito de quem observe. Por vezes vivo ansioso, stressado, sinto uma pressão comigo mesmo insuportável, pressão esta que faz com que, não veja as horas passar, não veja as coisas andar, parece que o mundo conspira em uníssono contra mim, o que me leva a cometer actos irreversíveis, culpo tudo e todos pelos erros infantis que cometo, digo disparates, tenho atitudes que eu próprio não consigo compreender nem descrever, em suma resume-se a uma panóplia de asneiras. De repente encontro uma solução, abstenho-me de tudo à minha volta, procuro fazer algo que me dê imenso prazer, abuso das coisas boas que a vida me dá, sou carinhoso com toda gente, dou mais atenção as coisas banais do dia a dia, riu-me das inconveniências, e passo a ser aquele amigo, que dá aquele abraço, aquele beijo, aquela palavra. Sou divertido, brincalhão, atento, bem disposto, ajudo toda gente na medida do possível. Considero a minha vida a maior empresa do mundo, e tento fazer dela o máximo que posso, para evitar que vá à falência. Quem sou eu ? Eu sou uma pessoa que tenta deixar a sua marca mas que de certa forma ainda não foi capaz. Sou um eterno apaixonado pela vida, um jovem sonhador, um lutador, árduo, no que toca aos objectivos da vida, sou complexo, cheio de confiança e ao mesmo muito inseguro. Tenho sonhos a realizar e tento aproveitar cada dia para o fazer. Confesso que na realidade nem sempre consigo. Sou o que sou… Sou apenas uma pessoa, mesmo assim, sou alguém, não sou capaz de fazer tudo, e mesmo assim, sou capaz de fazer alguma coisa. Nunca renuncio ao pouco que posso fazer. Acho importante reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Tento ao máximo ser feliz deixando de ser vítima do acaso e dos problemas, tornando-me um autor da minha própria história.


Frederico Câmara

domingo, 11 de julho de 2010

E lá foram 10 anos...


O tempo que muitos dedicam à televisão é surpreendente. Se pensarmos um pouco, não custa nada. Ao gastarmos quatro horas por dia a ver televisão, quando chegarmos aos sessenta anos teremos gasto dez anos em frente à televisão.
Agora que começou o Verão, vai também “ começar a acabar ” a lobotomia nas televisões generalistas portuguesas. Há quem diga que dá para perceber o nível sociocultural de um país pela análise da programação das televisões locais e isso perpetuosamente assusta-me.
Por mais ambíguo que transpareça este raciocínio, uma vez aplicada esta permissa aqui na nossa ilha, tenho a certeza de que os resultados seriam extrondosos, para não dizer deprimentes. Até mesmo de cortar os pulsos, deixar de respirar propositadamente.
Cada vez que fico em casa impávido e sereno e tento encontrar um pouco de distracção na caixa que mudou o mundo, uns a exprimem por mágica, outros por lixo, a sensação com que fico é a de que devo ser um renegado inimputável ou qualquer coisa do género.
Não me entra na cabeça como é que obrigam as pessoas a levar com maratonas de telenovelas, sejam elas portuguesas ou brasileiras, ou com séries humorísticas que nem a uma hiena conseguiam arrancar uma gargalhada que fosse, aliás... um risinho que seja.
É absolutamente Dantiano.
De repente, durante um horário nobre de 5 ou 6 horas, parece que todo o País se transforma numa sala de convívio de um hospital, digamos antes hospício.
Imagina-se todo um vasto número de doentes mentais babosos a olhar para um canto da sala, de cabeça virada para trás e olhos esbugalhados no ecrã a ver a Alexandra Lencastre, ou a Rita Pereira com os seus decotes de proporções épicas.
Uns acabam por adormecer, outros sentem as dores de uma personagem encornada e outros insistem numa mudança de canal. Inevitavelmente, vai dar ao mesmo.

A única dúvida que tenho em relação a esta emboscada audiovisual é a seguinte: são as Televisões que tratam as pessoas como anormais ou são as pessoas que se deixam tratar como anormais pelas Televisões? Ela por ela, prefiro a primeira.


Frederico Câmara

O nosso segredo nº II


São estes, são aqueles, são meramente pequenos murmúrios imaginários que vagueiam e deambulam pelos cantos vazios e escuros do meu ser, do meu quarto, da minha vida…
Será a sombra do teu rosto, Será o eco da tua voz, apenas sei que, me mantém este sorriso louco e feliz nesta minha personagem triste e insólita.
Será a esperança de te ter algum dia ? Por pouco não grito finalmente. Pergunto a mim mesmo, nestes meus pensamentos, até quando permanecerá a ilusão deste amor impossível assombrar as minhas noites. Evoco o teu nome. Com ansiedade ? Oh mente doente, esta a minha! Por mais que saiba, que nunca te vou ter, És tu, e sempre serás... Quem, eternamente, vou desejar, e querer.
Carregas a escuridão nos ombros, como se de uma vida se tratasse. Roubam-te o fôlego até de manhã, será um ligeiro inferno de sons e momentos monótonos que ecoam pelas paredes da tua tela ?
Respira.... Respiraste ? Agora respira apenas o silêncio. Respira fundo que a felicidade não tarda...


Frederico Câmara

O mundo é dos espertos, não dos inteligentes...


Era um dia lindo e cheio de sol, o coelho saiu da sua toca com o seu portátil e pôs-se a trabalhar, muito atento e bem concentrado. Pouco depois passa por ali uma raposa,
e, viu aquele coelhinho parvo tão distraído, no entanto a raposa reage de forma intrigada com a atitude do coelho e aproxima-se, curiosa pergunta:
- Oh coelho, o que andas fazendo ai tão concentrado?
O coelho subitamente responde:
- Estou acabando a minha tese de doutoramento - diz o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.
- Hummmm… e qual é o tema da tua tese? – Responde a Raposa...
- Ah, é uma teoria que prova que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.

A raposa ficou indignada e desata a rir:
– HAHA Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!
- Ah pois são, vem comigo à minha toca que eu mostro-te a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entram na toca.
Poucos instantes depois ouve-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio. Em seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos da sua tese como se nada tivesse acontecido. Meia hora depois passa por ali um lobo, que ao ver o apetitoso coelho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando com aquela concentração toda. Então o lobo resolve saber do que se trata aquilo tudo, e antes de comer o coelho, pergunta:
– Olá jovem coelho! O que te faz trabalhar tão arduamente?
Responde o coelho...
- A minha tese de doutoramento. É uma teoria que tenho vindo a desenvolver à algum tempo e que prova que nós, os coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive o dos lobos.
O lobo não se conteve e desata também a rir com a ingenuidade do coelho.
- Ah, ah, ah, ah!!! Coelho estúpido como tu, nunca vi! Isso é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os verdadeiros predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa e…
A raposa antecipa-se e responde:
- Desculpa-me, mas se quiseres eu posso apresentar-te a minha prova experimental. Acompanha-me à minha toca que demonstrarei...

O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte. Ambos desaparecem pela toca dentro. Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de desespero e finalmente … silêncio. Uma vez mais o coelho volta só e impassível, e volta ao trabalho de redacção da sua tese, como se nada tivesse acontecido.
Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos cheios de sangue e carcaças de várias raposas, ao lado desta, encontra-se uma outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. No centro das duas pilhas de ossos, encontra-se um enorme leão, satisfeito, bem disposto e muito bem alimentado.
MORAL DA HISTÓRIA:
1. Não importa o quão absurdo é o tema da tua tese...
2. Não importa se não tem o mínimo de fundamento científico...
3. Não importa se as tuas ideias vão contra o mais óbvio conceito lógico…
4. No fundo que importa é QUEM É O TEU ORIENTADOR…

Autor Desconhecido

Finalmente acabou a dor...


O ínicio do fim de uma dor não significa estar completamente imune a ela. Aquela menina de quem eu tanto gostei outrora, por quem eu suspirei com cada folgo do meu ser, por quem eu deitei lágrimas ate ficar seco, por quem eu lutei com cada passo que dei, afinal não esta chateada comigo. Dessa menina consegui extrair a lição de como o destino é cruel, coisa que eu já sabia, mas não tinha noção do que significava. Só depois de encontrar aquela menina de quem eu gostei tanto, de quem amei e desejei no passado recente, onde para mim tudo continua ligeiramente desfocado, como se nessa altura eu anda-se a viver no mundo dos sonhos, onde as sensações do real se misturavam com os prazeres do passado, deixando a impressão que naquele momento nada mais me podia atingir, e que finalmente tinha encontrado aquilo pelo qual procurei a minha vida toda, e que me levou a pensar que a felicidade do momento seria eterna. Sim, foi nessa altura que eu primeiro descobri que o destino pode ser cruel. Pois que outras palavras poderia utilizar para descrever aquilo que, tão manhosamente, me deixou encontrar aquela menina de 15 anos que tanto significou para mim, e em seguida me mostrou que afinal eu não a podia ter mais ? CRUEL!!!
O destino tem destas coisas, primeiro mostra o paraíso e depois explica que não existe caminho para lá chegar. Enfim, pequenas partidas da vida.
Por isso digo, eu sabia que o destino era cruel, mas só recentemente tive noção disso. E essa noção atingiu o meu coração de forma certeira com o afastamento daquela menina que eu tanto prezava. Nessa altura julgava que o meu mundo tal como o conhecia tinha chegado ao fim, mas afinal não, a esperança é a ultima a morrer, e prova disso está a amizade que existe e resiste ao mal que nos atravessa no caminho.
Agora devem estar a pensar, mas qual foi o motivo que tanta dor provocou ao Fred ? Bem, na realidade, isso é das poucas coisas que eu não vou contar, fica entre mim e aquela menina a quem eu vou guardar sempre cá dentro.


...aprendi que a vida não acaba neste instante, começando no outro dia pela manhã como o germinar de uma flor. Não parei na vida, porque ela jamais vai estar à minha espera...


Frederico Câmara

Uma lição importante sobre rendimento mínimo...


Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca tinha reprovado um aluno antes, mas uma vez, reprovou uma turma inteira.
Esta turma em particular tinha insistido que um regime igualitário realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo."
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência igualitária nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas de avaliação nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma, e portanto seriam "justas." porque iguais. Com isso quis dizer que todos iriam receber as mesmas notas, o que significou que ninguém iria reprovar. Com isso também quis dizer que obviamente ninguém iria receber um "20"...
Depois das primeiras avaliações sairem foi feita a média e todos receberam "13". Nesta altura quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram felizes da vida com o resultado.
Quando a segunda prova foi feita os alunos preguiçosos continuaram no seu ritmo, pois acreditavam que a média da turma continuaria a beneficiá-los. Já os alunos aplicados, entenderam que também eles teriam direito a baixar o ritmo, agindo contra a sua própria natureza.
Resultado, a segunda média das avaliações foi " 8".
Ninguém gostou.
Depois da terceira prova, a média geral acabou por descambar e voltou a descer para o "5".
As notas nunca mais voltaram aos patamares mais altos, mas inversamente, as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações e inimizades que passaram a fazer parte daquela turma.
No final de contas, ninguém se sentia obrigado a estudar para beneficiar o resto da sala. Resultado : Todos os alunos chumbaram naquela disciplina... porque todos eram «iguais».
O professor explicou que a experiência igualitária tinha falhado porque ela traduziu-se na desmotivação dos participantes. Preguiça e mágoa foi o resultado. "Quando a recompensa é grande", disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de acções que punam os mais afortunados pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, obriga a que outra pessoa deva trabalhar sem receber. O governo não pode «dar» a alguém aquilo que tira a outro alguém. Quando metade de uma população começa a entender a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustenta-la, e quando esta outra metade entende que não vale a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."


Adrian Rogers

Madeira - Lar das Maravilhas


Nós os ilhéus, salvo preciosas ou depravadas excepções numa população absoluta de 350.000 habitantes, não compreendemos a beleza física deste pequeno mundo que o mar rodeia, porque não nos detemos em a ver e sentir. Pelo que oiço da nossa gente e pelo que pressinto das suas inconfessáveis emoções, eu só vejo nela olhos profanos em presença do mais amplo panorama que se desfralde e desdobre deste ou daquele quadrante desta nossa ilha. E, no entanto, os olhos não se cansam de a ver… posto que o cenário habitual neutralize as sensações. As que emanam sempre da mesma paisagem para os mesmos olhos permanecem à superfície da pele, como um raio de luz que bate na terra iluminando o subsolo.

Florescem as rosas por esses jardins e canteiros das moradias da nossa cidade e arrabaldes, e parece que o inverno, para nós, só tem a sua subsistência no calendário.

Vagabundos da paisagem, das cores, das formas sensíveis de que a natureza é tão rica, onde estão eles? Quem procura ver o espírito de outrem na sua obra criadora? Vejam-se aquelas árvores martirizadas de dor, porque, votadas a um abandono perpétuo. Condenadas a uma existência sombria e sedentária, isoladas do carinho do homem, impassíveis, seres em que a vida se mascara de mistério, as arvores, na sua robustez já cansada, são vidas românticas. Falo por experiência própria, pois foram poucas as vezes que me atrevi a tentar olhá-las com olhos de ver, não lhes trespassando um olhar desprezível. Incito-me à sua beleza, no ano presente, com os companheiros de sempre (Jonas e Jorge), são prósperos momentos de felicidade, que se detêm no olhar de qualquer jovem que se atreva a olhá-las.

Olhem para os renques dos vinháticos, para as belas urzes nas margens das levadas, as folhas rugosas de um mítico Barbusano, o cheiro a abundância, o verde sobre o amarelo implícito no florescer de uma Giesta. Perfumes que sulcam toda uma ilha! Espectro de um outro mundo, de uma família multimilenária, a tortura da vida traduz-se nelas, no seu mais infinito coração.

O Funchal e as suas cercanias possuem o seu Outono próprio, ímpar, fisionomia a que o céu e o mar cingem, se bem que de maneira irreal. Há cambiantes de mar na paisagem litoral, e céu azul nas encostas. São formosos véus imponderáveis, tecidos pelos olhos de quem o observa.


Frederico Câmara

Veremos quando o sol de amanhã nascer...


Há imenso tempo, que procuro as palavras.
Umas nascem com o tempo, outras encontram-se presentes, nenhuma disfarça este meu estado de espírito, nenhuma me reflecte, todas me contrariam.
Até uma simples rima aparece, quando uma prosa se desvanece, só não vejo a poesia, que outrora por aqui prevalecera, sem ser incitada a permanecer. Esta nunca mais passou por aqui...
Terá me abandonado?
Talvez a insignificância dos meus actos, das minhas teimosias, dos meus relatos, tenham porém obstruído o caminho, revogando assim um copioso leque de pensamentos enlaçados em memórias sombrias.
Talvez tenham derramado sobre este meu pranto, o seu melhor veneno, o acaso. E nunca mais uma flor nascera.
Falarei de mim, do meu presente, porque quando nos damos conta, ontem já foi festa e um pássaro adejara asas, falarei de mim, que vivo evitando as pétalas de uma tal rosa. Chorarei !!! Mas antes, falta ver, se é que falta, o que serei...
O que me trará a próxima noite ? Que alvura me caberá quando o despertador me atormentar o sono? Olharei no fundo de um pôr do sol, temendo a noite, agradeço a sorte, paira sobre mim um ultimo raio de luz, com um doce e leve brilho, que tanto me aquece, vejo uma luz que me esquece, mas que tanto me seduz, luz esta que se traduz, num beijo, nesse beijo, aquele beijo, como se estivessemos morrendo...

Veremos quando o sol de amanhã nascer.


Frederico Câmara

E porque estamos (estávamos) em Abril...


Companheiros de armas, de infortúnio, de razão e querer. Continuamos unidos, pelo menos na indiferença dos arruaceiros que tomaram de assalto o poder no pós 25 de Abril.
Abril não se fez apenas para derrubar a ditadura, que vós combatentes sentiram mais que ninguém, mas para que alguns usurpassem o que nunca conseguiriam por razão, justiça ou competência. Pátria ou morte, será porventura , mais que nunca, a palavra do sentir de todos os que desejam mais que nunca que tudo se endireite, mais que esta direita encapuçada, que nos governou desde então, em nome de uma esquerda, dita socialista, mas que tresanda a fascismo.
Se a união faz a força, juntemos juventude e querer para correr com a corja que nos tem assolado até agora.
Os Ex-Combatentes do Ultramar foram mal tratados por esta nossa Pátria Democrática! Estamos muito a tempo, (porque a nossa geração ainda verde tem vontade), de reparar e compensar com dignidade todos aqueles que a troco de nada, até a vida lá deixaram!
A GNR, é sem duvida um Instituição meritória, mas no que concerne á sua participação na guerra do Iraque, devo considera-los mercenários, atendendo a que os "voluntários" destacados, foram pagos principescamente! Não concordam? Então quem foi que disse, que para trabalho igual, salário igual !?
Ou seja, para missão militar em nome de Portugal, uns são herois outros colonialistas! E o risco de vida não era o mesmo?
O Poeta é que tinha razão: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades ...e as conveniências!

Um abraço camaradas...


Frederico Câmara

Saudades...


Tenho saudades de ti. Saudades dos nossos momentos... Saudades dos nossos momentos bons e dos maus também. Tenho saudades das nossas conversas sem pé nem cabeça, saudades das nossas discussões. Tenho saudades dos nossos passeios, da nossa vida nada parecida, do teu sorriso quando falavas algo engraçado, da tua cara de ódio, quando mesmo sem querer eu te irritava.
Saudades do nosso amor intenso, único e todo errado, das nossas manhãs, tardes, noites e madrugadas. Tenho saudades do teu ciúme com fundamento e dos sem fundamento também. Saudades dos teus medos e da maneira que eu cuidava deles. Saudades da maneira como tu te preocupavas comigo, saudades da tua fraqueza, que me dava força para ser forte. Saudades do nosso primeiro beijo e do último também.


Frederico Câmara